Comemorado no dia 1º de maio, o Dia do Trabalho ou
Dia do Trabalhador é uma data comemorativa usada para celebrar as conquistas
dos trabalhadores ao longo da história. Infelizmente o município de Hulha Negra
anda na contramão da história.
Os dois últimos governos municipais têm se
destacados por ferir os direitos dos trabalhadores. Em 11 anos, o trabalhador
público municipal teve uma defasagem salarial em torno 44,5% em relação ao
salário mínimo federal. Algumas classes de trabalhadores chegaram a ficar na
situação constrangedora e ridícula de estarem recebendo menos que salário
mínimo federal.
Nessas administrações foi mudada a forma de
pagamento do 13º salário, prejudicando ainda mais os trabalhadores, que agora passaram
a receber a gratificação sem o reflexo das horas-extras.
Outra vergonha foram os índices de reposição
salarial abaixo da perda inflacionária, em 2010 foi concedida a menor reposição
da história do município, 2,89% e no ano passado os míseros 3%, parcelados em
três vezes, bem como as tentativas do governo de suprimir vantagens, como
adicionais por tempo de serviço.
A classe dos profissionais da educação até agora
não dispõe de um plano de carreira digno que lhes assegure os direitos
previstos na Lei das Diretrizes e Bases da Educação, embora, de forma
organizada, diversas vezes este setor já discutiu com o governo a implantação
do novo plano que foi construído coletivamente.
Houve avanços, como o pagamento do Piso Nacional do
Magistério e Vale-Alimentação, porém vale ressaltar que só foram implementados
por decisão judicial e por pressão dos trabalhadores.
Não bastasse tanto desrespeito com o funcionalismo
publico, na manhã da última sexta-feira, 27, os motoristas foram retirados da sala
que servia como refeitório improvisado e foram colocados ao relento. A ação
desrespeitosa obrigou os trabalhadores a realizar as refeições, durante o
intervalo, numa mesa improvisada no pátio. Além das refeições, os motoristas
utilizavam a sala para se abrigar em dias chuvosos – quando não é possível
realizar trabalhos externos. O mais preocupante nesta situação é que as
decisões são tomadas sem ao menos consultar os trabalhadores, o que demonstra o
alto grau de desrespeito por aqueles que são o maior patrimônio da
administração.
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